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Crise de Talentos: setor imobiliário busca engenheiros para sustentar o crescimento

  • apredial
  • 18 de nov.
  • 2 min de leitura

Com o mercado imobiliário aquecido e lançamentos em alta, construtoras enfrentam um novo gargalo que vai além da falta de pedreiros: a disputa por engenheiros civis qualificados.


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Quem acompanha o setor da construção civil nos últimos anos já se habituou a ouvir sobre a falta de mão de obra operacional. A dificuldade em encontrar bons pedreiros, eletricistas e mestres de obra tem sido uma constante nos canteiros de todo o país. No entanto, um novo alerta vermelho acendeu para as incorporadoras e construtoras em 2025: agora, também está faltando engenheiro.


Segundo reportagem recente veiculada pelo portal Metro Quadrado (em parceria com o Brazil Journal), a retomada vigorosa dos lançamentos imobiliários trouxe um efeito colateral desafiador. O volume de novas obras cresceu em um ritmo que a formação e a disponibilidade de profissionais de nível superior não conseguiram acompanhar.


O Gargalo Subiu de Nível

Durante muito tempo, o "apagão de mão de obra" era focado nos profissionais de execução direta. Agora, a escassez atingiu o nível tático e estratégico das obras. Engenheiros civis, essenciais para o planejamento, gestão de cronogramas, controle de qualidade e liderança técnica, tornaram-se peças raras no tabuleiro.


Essa falta de profissionais qualificados não é apenas uma questão de "ter alguém para assinar a obra". A ausência de engenheiros experientes impacta diretamente na:


  • Gestão de custos: Menos eficiência no controle de materiais e desperdícios.

  • Cumprimento de prazos: Atrasos na entrega de empreendimentos por falhas de planejamento.

  • Inovação: Dificuldade em implementar novas tecnologias construtivas que poderiam acelerar os processos.


Um Setor Estratégico em Risco

A situação levanta uma discussão mais ampla sobre a infraestrutura econômica do Brasil. Conforme destacado por especialistas ouvidos pelo Metro Quadrado, se o país não encarar a construção civil e a formação de seus profissionais como um segmento estratégico, a economia como um todo pode sofrer os impactos. Afinal, o setor é um dos maiores geradores de emprego e renda do país.


Quando faltam engenheiros, o ciclo de desenvolvimento urbano freia. Obras mais lentas e mais caras significam imóveis com preços mais elevados para o consumidor final e uma desaceleração no crescimento das cidades.


O Que Esperar do Futuro?

Para os profissionais da área, o momento é de ouro. A valorização salarial e a disputa por talentos devem se intensificar, abrindo portas para quem investiu em qualificação e especialização. Já para as empresas, o desafio será reter esses talentos, oferecendo não apenas salários competitivos, mas ambientes de trabalho que estimulem o crescimento e a inovação.


O "apagão" de engenheiros é um sinal claro de que o mercado imobiliário voltou a crescer, mas também um aviso: crescer sem planejamento de capital humano tem seu preço.


Fonte base: Metro Quadrado / Brazil Journal - Novembro/2025.

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