Recife se consolida como cidade de alto padrão e impulsiona domínio do Nordeste no mercado imobiliário
- apredial
- há 4 dias
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O terceiro trimestre de 2025 marcou uma virada no mercado imobiliário brasileiro — e o Nordeste assumiu o protagonismo. Segundo a 4ª edição do Índice de Demanda Imobiliária (IDI Brasil), cinco capitais da região estão entre as dez mais atrativas do país.
O destaque absoluto vai para Recife (PE), que registrou um crescimento expressivo no segmento de alto padrão, subindo da 8ª para a 3ª posição nacional. A capital pernambucana se tornou referência pelo equilíbrio entre demanda direta, atratividade de novos estoques e estabilidade econômica, além da velocidade na comercialização dos lançamentos.
“Tudo o que é lançado em Recife tem tido uma absorção muito rápida. É uma cidade altamente atrativa para novos empreendimentos”, explica Fábio Garcez, diretor-executivo e fundador do CV CRM.
Desempenho por faixa de renda
O estudo classifica as cidades em três faixas principais de renda familiar:
Padrão Econômico: R$ 2 mil a R$ 12 mil
Médio Padrão: R$ 12 mil a R$ 24 mil
Alto Padrão: acima de R$ 24 mil (imóveis a partir de R$ 811 mil)
Recife apresentou desempenho positivo em todas elas, consolidando-se entre as principais capitais do país.
🏙️ Ranking de Alto Padrão
São Paulo (SP)
Goiânia (GO)
Recife (PE)
Fortaleza (CE)
Brasília (DF)
Rio de Janeiro (RJ)
Salvador (BA)
Curitiba (PR)
Belo Horizonte (MG)
Florianópolis (SC)
💰 Ranking de Padrão Econômico
Fortaleza (CE)
São Paulo (SP)
Curitiba (PR)
Goiânia (GO)
Recife (PE)
Salvador (BA)
Aracaju (SE)
Maceió (AL)
Brasília (DF)
Belo Horizonte (MG)
🏡 Ranking de Médio Padrão
São Paulo (SP)
Goiânia (GO)
Brasília (DF)
Salvador (BA)
Recife (PE)
Nordeste em ascensão
A força do Nordeste ficou evidente: além de Recife, Fortaleza, Salvador, Aracaju e Maceió aparecem com destaque nas principais listas.
Fortaleza, por exemplo, assumiu a liderança nacional no padrão econômico, ultrapassando Curitiba e São Paulo, enquanto Salvador subiu posições em todos os segmentos.
“O avanço nordestino reflete mudanças nas regras de financiamento habitacional e a ampliação dos subsídios do Minha Casa Minha Vida, que ampliaram o acesso da população ao crédito imobiliário”, destacou José Carlos Martins, presidente do Conselho Consultivo da CBIC.
Em Pernambuco, o programa Morar Bem, aliado aos incentivos estaduais, vem impulsionando a produção habitacional. Em 2024, foram entregues 1.087 unidades — e a expectativa é que esse número chegue a 2.000 em 2025.
O investimento público de R$ 20 milhões em subsídios deve atrair cerca de R$ 250 milhões em investimentos privados, movimentando o setor e gerando empregos.
Outras cidades nordestinas em destaque
São Luís (MA): ganhou 6 posições no Padrão Econômico, chegando ao 14º lugar.
Maceió (AL): subiu 7 posições no Alto Padrão, alcançando a 13ª colocação, e manteve-se em 8º no Econômico.
Natal (RN): teve o maior salto do trimestre no Alto Padrão, subindo da 60ª para a 24ª posição.
João Pessoa (PB) e Ilhéus (BA) entraram no ranking pela primeira vez, ampliando o mapa imobiliário do Nordeste.
Um novo mapa do mercado
O IDI Brasil, desenvolvido pelo Ecossistema Sienge em parceria com a CBIC, analisa a atratividade real de cada cidade com base em dados de transações efetivas, não apenas na oferta. O levantamento confirma: o Nordeste não é mais uma promessa — é o presente do mercado imobiliário brasileiro.
Recife e Fortaleza se destacam como motores de um novo ciclo de crescimento, combinando demanda, tecnologia, estabilidade e qualidade de vida.
Fonte: https://jc.uol.com.br



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