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Holdings imobiliárias: economia em impostos e sucessão patrimonial mais simples

  • apredial
  • 23 de out.
  • 3 min de leitura
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As holdings imobiliárias têm se tornado uma estratégia cada vez mais utilizada por famílias que desejam otimizar a tributação sobre aluguéis e facilitar a sucessão de bens. Segundo levantamento da Associação Brasileira de Planejamento Financeiro (Planejar), esse modelo pode gerar economia anual de até R$ 14,7 mil em impostos, quando comparado à tributação como pessoa física.


A diferença ocorre porque, ao reunir imóveis sob o CNPJ de uma empresa — a chamada holding imobiliária —, a tributação sobre os rendimentos de locação é reduzida. A simulação da Planejar, divulgada pelo Valor Investe, considera três imóveis alugados por R$ 5 mil cada, somando uma receita anual de R$ 180 mil.


Impostos menores e economia no longo prazo

Na tributação pelo CPF, o imposto de renda sobre esse valor chega a R$ 49,5 mil por ano. Já em uma holding imobiliária, o total de tributos fica em torno de R$ 20,4 mil, mais um custo contábil aproximado de R$ 14,4 mil — o que ainda representa uma economia líquida de R$ 14,7 mil anuais.


Apesar disso, o modelo é mais vantajoso a longo prazo. O custo inicial para a estruturação de uma holding pode chegar a R$ 123,5 mil, o que significa cerca de oito anos e meio de economia até que o investimento se pague.

“O segredo está em entender se o objetivo da família é proteger o patrimônio ou também explorar os imóveis como atividade econômica”, explica Nayra Sombra, planejadora financeira responsável pelo estudo. Segundo ela, quando a renda mensal ultrapassa R$ 10 mil, a criação da holding passa a ser mais vantajosa.

Vantagens sucessórias: menos burocracia e custos

Além do benefício tributário, a holding imobiliária também simplifica o processo de sucessão patrimonial, evitando que imóveis fiquem parados em inventário judicial por longos períodos.


De acordo com o estudo, em um cenário com três imóveis avaliados em R$ 1 milhão cada, o custo de sucessão em nome de pessoa física pode ultrapassar R$ 480 mil, somando impostos, honorários e custas processuais.


Quando o patrimônio está sob uma holding, a transmissão ocorre por meio das cotas da empresa, o que permite doações em vida, cláusulas de usufruto e acordos sucessórios personalizados. Embora ainda haja incidência do Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação (ITCMD) sobre as cotas, o modelo evita a paralisação dos bens e reduz riscos de disputas familiares.

“A simplificação do processo de sucessão reduz litígios e preserva a harmonia familiar”, afirma Nayra Sombra.

Holding patrimonial: alternativa mais simples e barata

Para quem busca apenas a proteção e organização patrimonial, sem exercer atividade de locação, existe a holding patrimonial. Essa modalidade não paga ITBI (Imposto sobre Transmissão de Bens Imóveis) e tem custo de constituição mais baixo — cerca de R$ 30 mil.


No entanto, ela não oferece os mesmos benefícios tributários sobre o rendimento dos aluguéis, já que sua finalidade principal é a gestão e sucessão de bens, e não a exploração imobiliária.


Governança familiar: o pilar de uma holding eficiente

Especialistas destacam que a governança corporativa é essencial para o bom funcionamento de uma holding familiar.

“Princípios como transparência e equidade ajudam a garantir que todos os herdeiros tenham suas expectativas alinhadas e que o negócio continue funcionando sem interrupções”, afirma Arnaldo Rebello, consultor da GoNext Governança.

Rebello recomenda a criação de conselhos de família, comitês de gestão e protocolos familiares — mecanismos que estabelecem regras claras e evitam conflitos na divisão de bens.


Essas medidas ajudam a preservar o legado familiar e garantem que a administração dos imóveis e rendimentos seja feita de forma segura e eficiente.


Fonte: https://valorinveste.globo.com/


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