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Déficit habitacional brasileiro cai para o menor nível da história

  • apredial
  • 3 de out.
  • 2 min de leitura
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O Brasil alcançou, em 2023, o menor déficit habitacional já registrado no país. Segundo levantamento da Fundação João Pinheiro (FJP), o número de domicílios em déficit caiu de 6,21 milhões em 2022 para 5,97 milhões em 2023, o que representa uma redução de 3,8%.

Esse resultado histórico reflete os primeiros efeitos da retomada do programa Minha Casa, Minha Vida, que desde 2023 já contratou mais de 1,7 milhão de unidades habitacionais. A iniciativa reforça o papel das políticas públicas na ampliação do acesso à moradia digna.


Redução expressiva ao longo dos anos


Além da queda no déficit absoluto, o estudo mostra avanços importantes no déficit relativo. O índice, que representava 10,2% da população em 2009, recuou para 7,6% em 2023, sinalizando o impacto da produção imobiliária no atendimento às necessidades habitacionais do país.


Papel das políticas habitacionais

Sob a liderança do ministro Jader Filho, o Ministério das Cidades promoveu ajustes no Minha Casa, Minha Vida que ampliaram o alcance do programa. Entre as mudanças estão:


  • inclusão de uma faixa para atender famílias de classe média,

  • ampliação do público beneficiado,

  • melhoria nas condições de financiamento.


Avanços estruturais do setor

A queda do déficit habitacional também é resultado da atuação conjunta entre o setor da construção e entidades representativas. A Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (ABRAINC) tem desempenhado papel ativo no acompanhamento dos indicadores, na proposição de estudos técnicos e no diálogo com governo e instituições financeiras.

Entre os pontos centrais defendidos pela entidade está a garantia da sustentabilidade do FGTS, com prioridade para a produção de imóveis novos, considerada fundamental para reduzir o déficit.


Apesar da conquista, o déficit habitacional ainda atinge milhões de famílias brasileiras. O maior componente identificado pela FJP é o ônus excessivo com aluguel, que compromete mais de 30% da renda em 3,66 milhões de domicílios — equivalente a 61,3% do déficit total.

O cenário aponta para a necessidade de novas medidas que reduzam o peso do aluguel, ampliem o acesso ao crédito e fortaleçam políticas de financiamento habitacional.


Perspectivas

Os números confirmam que o Brasil está em um caminho consistente na redução do déficit habitacional, graças à combinação entre produção imobiliária, políticas públicas estruturadas e gestão responsável dos recursos do FGTS.

Ainda assim, especialistas destacam que o desafio é garantir que esses avanços cheguem de forma equilibrada a todas as camadas da população, consolidando uma nova era de acesso à moradia digna no país.


Fonte: ABRAINC (Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias)

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