Avaliador de Imóveis: a profissão em alta que pode render até R$ 15 mil por mês
- apredial
- 27 de out.
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Especialização ganha força entre corretores e se torna uma das carreiras mais promissoras do mercado imobiliário em 2025

O aquecido mercado imobiliário brasileiro em 2025 abriu espaço para uma profissão que, até pouco tempo atrás, era pouco conhecida fora dos círculos técnicos: o avaliador de imóveis. Com o avanço nas vendas — alta de 15,7% no primeiro trimestre deste ano, segundo a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) — cresce também a demanda por laudos técnicos precisos, utilizados em financiamentos, partilhas, inventários e auditorias.
De acordo com o Instituto Brasileiro de Educação Profissional (IBREP), profissionais habilitados e com o Cadastro Nacional de Avaliadores Imobiliários (CNAI) podem faturar entre R$ 800 e R$ 5 mil por laudo, atingindo médias mensais próximas de R$ 15 mil.
“O avaliador é o profissional habilitado a determinar o valor técnico de um imóvel com base em normas reconhecidas, como a ABNT NBR 14.653. Ele atua em perícias, auditorias, partilhas e no suporte a bancos e investidores”, explica Diogo Martins, CEO do Ibrep.
Como se tornar avaliador de imóveis
Para atuar legalmente, o profissional deve ser corretor registrado no Creci e possuir o CNAI, emitido pelo Conselho Federal de Corretores de Imóveis (Cofeci).A certificação exige um curso específico, com disciplinas como métodos comparativos, estatística aplicada, vistoria técnica e elaboração do Parecer Técnico de Avaliação Mercadológica (PTAM).
Instituições credenciadas, como o IBREP, oferecem formações presenciais e online, com suporte de especialistas.
Segundo Nilson Araújo, presidente do Creci Bahia, essa qualificação transformou o setor ao permitir que corretores disputem espaço com engenheiros e arquitetos no campo das avaliações técnicas.
“Até 2006, apenas engenheiros e arquitetos podiam emitir avaliações. Hoje, o corretor certificado tem prerrogativa reconhecida para realizar laudos com base em metodologia científica e normas da ABNT”, destaca Araújo.
Alta demanda e novas oportunidades
A atuação do avaliador é requisitada em diferentes contextos — especialmente em inventários, separações judiciais, financiamentos e auditorias patrimoniais. “Todo dia há partilhas e dissoluções de sociedades que exigem avaliações criteriosas e imparciais”, afirma Araújo.
Além das demandas familiares e judiciais, o setor bancário e o mercado de investimentos impulsionam a procura por laudos. As instituições financeiras exigem avaliações técnicas para liberar crédito e garantir que o valor do imóvel esteja compatível com o financiamento.
“É essencial ter avaliações que reflitam o valor real dos imóveis, evitando prejuízos e garantindo segurança jurídica nas negociações.” afirmou a corretora e perita Luzia Magna, o aumento das incertezas econômicas e das variações da taxa Selic e da inflação reforçou a busca por laudos precisos.
Especialização e reputação são diferenciais
Segundo Diogo Martins, o sucesso do avaliador está diretamente ligado à qualificação técnica e à reputação profissional.
“Quem domina as normas, atua com ética e entrega laudos consistentes conquista mais espaço e melhores oportunidades”, afirma.
Com poucos profissionais certificados no país, há uma escassez de avaliadores qualificados, especialmente em cidades médias e regiões em expansão imobiliária.
Um campo promissor dentro do mercado imobiliário
Com o avanço dos programas habitacionais, a valorização dos imóveis de alto padrão e o uso crescente da tecnologia, o avaliador de imóveis se consolida como um especialista estratégico — capaz de traduzir dados, normas e experiência em algo essencial para o setor: o valor justo de um imóvel.
Fonte: https://atarde.com.br/imoveis



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